Sondagem Remota por Satélite e Seu Impacto na Previsão Numérica de Tempo: Uma Questão Revisitada

Abstract

A sondagem remota por satélite, cujos fundamentos teóricos foram estabelecidos nos anos 50, foi introduzida no âmbito operacional no início da década de 70. A expectativa de que viesse resolver o problema da observação da temperatura e da umidade em carâier global para fins de Previsão Numérica de Tempo (PNT) trouxe inicialmente euforia e depois frushações. Isso se explica pelo fato de a evolução instrumental ter sido muito lenta ao passo que os modelos de PNT progrediram mais rapidamente. Apesar da estagnação no desenvolvimento instrumental que prevaleceu nos anos 80 é no início dos anos 90, os algoritmos de hatamento das radiâncias, assim como as metodologias de assimilação e de avaliação do impacto dos dados de sondagem, foram aperfeiçoados. Estudos recentes confirmam que os dados de sondagem continuam sendo fundamentais em regiões carentes de observações, como o Brasil e regiões oceânicas adjacentes, mesmo co{n os instrumentos atuais. Portanto, a sondagern por satélite perrnanece ainda como a ferramenta mais viável para o monitoramento global do estado termodinâmico da atmosfera e, conseqüentemente, para o progresso futuro da PNT. Com o TOVS (TIROS Operational Vertical Sounder) Avançado esperam-se algumas melhorias devido ao maior número de canais nos sondadores em microondas, embora a perspectiva de real avanço instrumental tenha sido postergada para o ano 2000. Até então será obrigatória a convivência operacional com sondadores no infravermelho que foram concebidos nos anos 70, apesar das idéias inovadoras que surgiram nesse interim e do consenso sobre a necessidade de melhores instrumentos que apresentem, principalmente, maior resolução vertical.