CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADE DO RN E DO RA NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EXTRAÃDAS DE FRATURAS DOS GRANITOS DE MORUNGABA E DAS ROCHAS METAMÓRFICAS ENCAIXANTES

Fábio de Oliveira Lucas

Abstract


RESUMO

Concentrações de atividade de226Ra e de222Rn foram medidas em amostras de água subterrânea extraídas de fraturas presentes nos granitos que formam o batólito de Morungaba e nos gnaisses e granito-gnaisses que fazem parte das rochas metamórficas encaixantes das intrusões. As amostras de água foram coletadas periodicamente em cinco poços, com um intervalo médio de um mês entre as coletas, e em dois períodos distintos. Entre julho de 2005 e agosto de 2006, em três poços localizados no embasamento metamórfico, e entre fevereiro de 2007 e abril de 2008, nos dois poços restantes, que foram perfurados nos granitos. Os resultados obtidos, junto com dados já publicados, mostram concentrações de atividade do222Rn muito variáveis, com valores médios anuais situados no amplo intervalo de 26 Bq/dm3e 1275 Bq/dm3, nas águas extraídas das fraturas nas rochas metamórficas. As rochas graníticas apresentam concentrações de atividade mais altas, com valores médios anuais de 1307 Bq/dm3em um dos poços e de 2390 Bq/dm3no outro. Todos os poços mostram uma clara dependência da concentração de atividade das suas águas com a precipitação de chuvas, com máximos locais nas curvas de variação das concentrações deslocados entre dois e três meses em relação aos máximos locais de precipitação. As concentrações de atividade de226Ra variam em um intervalo muito mais estreito. As águas extraídas das rochas metamórficas apresentam concentrações de atividade do226Ra entre, aproximadamente, 2 mBq/dm3e 10 mBq/dm3, enquanto que as águas extraídas das rochas graníticas têm concentração de atividade no intervalo entre 10 mBq/dm3e 60 mBq/dm3. Não foi observada nenhuma dependência entre as concentrações de atividade de226Ra com a precipitação de chuva. As concentrações de222Rn e de226Ra são características de cada poço, a ponto de se poder individualizar os dados provenientes de cada um em um diagrama cartesiano onde as concentrações de222Rn são representadas no eixo das ordenadas e as de226Ra são representadas no eixo das abscissas.

ABSTRACT

Radon (222Rn) and radium (226Ra) activity concentrations were measured in ground water samples drawn from fractures on the Morungaba batholith granites and on gneisses and granite-gneisses of the surrounding metamorphic basement, at eastern São Paulo State, Brazil. Three wells drilled on the metamorphic rocks were sampled between July, 2005, and August, 2006, and two wells drilled on the granites were sampled between February, 2007, and April 2008. Water was periodically collected with an interval of about one month between samples. The obtained results, together with data already available in the literature, show variable222Rn activity concentrations, with annual means in the broad range between 26 Bq/dm3and 1237 Bq/dm3, for the ground waters drawn from the wells drilled in the metamorphic basement. Ground water drawn from the granites are more enriched in222Rn, with mean activity concentrations of 1307 Bq/dm3for one of the wells and of 2390 Bq/dm3for the other well. In all five wells, ground water show a clear correlation with rain fall, with the local maxima in the activity concentration curves delayed two to three months in relation to the local maxima in the precipitation curves. Radium (226Ra) activity concentrations varied in a narrower range. The ground water drawn from the wells on the metamorphic terrain show concentrations between 2 mBq/dm3and 10 mBq/dm3. The ground water drawn from the wells on the granites show concentrations between 10 mBq/dm3and 60 mBq/dm3. The radium activity concentrations do not show any relation to rain fall. The222Rn and226Ra activity concentrations seem to be characteristic of the water drawn from each well. It is possible to clearly individualize each well data in a Cartesian diagram were the226Rn activity concentration is represented by the ordinate axis and the Ra activity concentration is represented by the abscissas axis.












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