Muhamad Amin Baccar formou-se em engenharia química pela Faculdade de Engenharia do Rio Grande do Sul, em 1953. Em 1957 ingressou na Petrobras e passou a atuar na área de Geologia de Petróleo. Foi coordenador e supervisor-geral de interpretação sísmica do Departamento de Exploração, quando propôs uma nova interpretação para a Plataforma Continental. Foi cedido à Braspetro, por ocasião de sua criação. Esteve no Iraque entre 1972 e 1979, onde exerceu a chefia da área de Geofísica, a gerência-geral e ainda a coordenadoria do Projeto Majnoon. Em seu retorno a Petrobras, trabalhou como chefe de operações da Geofísica. Faleceu em 2011.
Alcides Paulo Alves Barbosa formou-se em geologia pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1972. Cursou pós-graduação em geofísica na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Trabalhou na Petrobras de 1973 até o ano de seu falecimento, onde desempenhou o cargo de geofísico na Gerência de Exploração e Produção. Foi grande colaborador e incentivador da aviação virtual. Foi também conselheiro e membro ativo da SBGf, em cuja secretaria prestou trabalhos voluntários durante anos, sobretudo ajudando em questões relacionadas à informática, um dos seus grandes interesses junto às geociências. Criou para a sociedade o primeiro banco de dados informatizado. No Boletim no. 1 de 2004, a sociedade lamenta o seu falecimento e o homenageia com o texto “A saída antecipada de um amigo de todos nós”, onde também estão registradas mensagens de seus colegas da comunidade de aviação virtual. Faleceu em 2004 no Rio de Janeiro.
Décio Savério Oddone formou-se em engenharia pela Escola Nacional de Engenharia no Rio de Janeiro em 1931. Em 1932, participou da campanha de levantamento magnético para prospecção de ouro em Lavras do Sul (RS). Entre 1932 e 1938, foi engenheiro do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e membro da primeira equipe sísmica formada no país. Em 1939, chefiou o departamento de geofísica do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Em 1942, respondeu pela definição do poço pioneiro de Candeias (BA), primeira descoberta comercial de petróleo no país. De 1946 a 1954, esteve à frente do Serviço Regional da Amazônia do CNP. Em 1951, integrou o grupo do CNP encarregado de estudar mudanças na estrutura da administração dos recursos petrolíferos do Brasil, trabalho que levou à criação da Petrobras. Em 1954, ingressou na empresa. De 1957 a 1960, dirigiu a Petrobras, sendo responsável pelas áreas de operações e E&P. Em 1961, redigiu com o geólogo Pedro de Moura o relatório que sugeriu a continuidade das atividades exploratórias da Petrobras no Brasil e definiu as estratégias exploratórias a serem seguidas nos anos 1960. De 1960 a 1977, foi chefe do escritório da empresa em Porto Alegre (RS). Em 1983, faleceu na capital gaúcha.
Nero Passos formou-se em engenharia pela Escola Nacional de Minas e Metalurgia de Ouro Preto em 1930. Naquele mesmo ano, tornou-se ajudante de geólogo do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. Em 1932, participou da pesquisa geofísica em Arroio dos Patos, em colaboração com a turma de geofísica do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Em 1935 e 1936, participou da pesquisa de petróleo em Alagoas, chefiando a equipe de geofísica sob a orientação técnica do geofísico norte-americano Mark Cyril Malamphy, consultor contratado entre 1932 e 1936 para treinar, entre outros, os pioneiros Irnack Carvalho do Amaral, Décio Savério Oddone e o próprio Nero Passos. Em 1937, assumiu o cargo de engenheiro de minas na Divisão de Fomento da Produção Mineral, tornando-se, dois anos mais tarde, chefe da segunda seção de prospecção de minas da divisão. Em 1939, foi designado supervisor de sondagem para petróleo em Lobato (BA). Naquele mesmo ano, se integrou aos quadros do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Em 1945, passou a chefiar os serviços de pesquisas minerais da Divisão de Fomento da Produção Mineral no Rio Grande do Sul. Em 1947, foi nomeado professor catedrático interino da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 1952, participou de pesquisa magnética para a locação de estrutura favorável à acumulação de petróleo em Arroio Grande (RS). Em 1956, foi designado para a cadeira de geologia do curso de história natural da PUC-RS, passando a professor titular em 1965. Em 1966, foi contratado pela Companhia Estadual de Energia Elétrica para fazer estudos geológicos. Até 1971, presidiu diversas vezes o Departamento de Metalurgia da UFRGS. De 1976 a 1981, exerceu o cargo de assistente da Diretoria da Companhia Brasileira do Cobre. Faleceu em 1983.
Irnack Carvalho do Amaral formou-se em engenharia, em 1931, pela Escola de Minas de Ouro Preto. Em 1932, foi, junto com Décio Savério Oddone, um dos pioneiros na implantação da geofísica no Brasil, em campanha de levantamento magnético para prospecção de ouro em Lavras do Sul (RS). Entre 1932 e 1934, foi engenheiro do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. De 1935 a 1938, foi engenheiro-chefe da equipe de prospecção geofísica da Divisão de Fomento da Produção Mineral. Em 1937, participou dos levantamentos geofísicos no Recôncavo Baiano, que culminaram na primeira descoberta de petróleo no Brasil, sugerindo a locação do poço CNP-163, em Lobato (Salvador, BA). De 1938 a 1939, foi assistente especial do presidente do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). De 1940 a 1946, foi chefe da seção de geofísica da Divisão de Fomento da Produção Mineral, na qual exerceu o cargo de diretor entre 1951 e 1954, e 1958 e 1961. Foi duas vezes diretor da Petrobras, de 1954 a 1957 e entre 1961 e 1963. De 30 de junho de 1966 a 27 de março de 1967, exerceu o cargo de presidente da empresa. Em 1983, faleceu na cidade do Rio de Janeiro.